" Bença, pai" Bença, mãe".
🤝Bença, pai. Bença, mãe.
Por Ednalva Melo – Colunista Social Educativa
Hoje, no calendário brasileiro, comemora-se o Dia dos Pais. Uma data que, para muitos, deveria celebrar não apenas a figura paterna, mas também a materna — afinal, quantos pais são também mães, e quantas mães também exercem o papel de pai?
No entanto, o que deveria ser um momento de carinho, respeito e harmonia, infelizmente, vem perdendo seu valor. Muitos já não consideram a data significativa, justificando que "todo dia é dia de pai e mãe". Embora essa frase seja verdadeira, a celebração especial deveria reforçar a importância desses vínculos, e não apagá-los.
A realidade atual mostra um cenário preocupante. Lares que antes eram espaços de união e afeto se transformaram em palco de desavenças, distanciamentos e até tragédias. Casos de violência entre pais e filhos chocam e entristecem. Os valores familiares — base da nossa formação — estão cada vez mais fragilizados.
Onde ficou aquele almoço de domingo, a mesa farta e a conversa descontraída? Onde estão as brincadeiras, as risadas e as histórias compartilhadas? Em muitos lares, o simples ato de pedir a "bença" virou raridade. Filhos deixam de falar com pais, pais se distanciam dos filhos, e a figura de autoridade e respeito familiar parece ter se perdido.
A inversão de valores é nítida. Vivemos um tempo em que é preciso resgatar a essência do que é ser família — com presença, amor, respeito e compromisso. Mais do que uma data no calendário, o Dia dos Pais deveria ser um lembrete do que não podemos deixar morrer: o laço que nos torna parte de algo maior do que nós mesmos.
Neste Dia dos Pais, não ofereça apenas presentes, ofereça presença. Ligue, abrace, olhe nos olhos e, com todo o respeito que essa palavra carrega, diga:
"Bença, pai. Bença, mãe." — porque quem pede a benção reconhece a importância de quem veio antes e honra o maior título que alguém pode receber: o de ser família.🤝
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✍️Agosto,10 de 2025
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