Entre pétalas despedaçadas e lares divididos
🌻 Entre pétalas despedaçadas e lares divididos 🌹
Por Ednalva Melo – Colunista Social Educativa
"Quando o jardim perde uma pétala, o perfume das outras nunca é o mesmo."
O que antes florescia em harmonia, hoje se encontra marcado pela separação — não apenas física, mas emocional.
O juramento de “até que a morte nos separe” deu lugar a um ponto final precoce. Muitas famílias, ao se sentirem presas em uma convivência desgastada, buscam na separação a justificativa para viver momentos que acreditam ter perdido. Passam, então, a seguir caminhos que julgam levar à felicidade, sem perceber que, sob os holofotes do público, tudo parecia perfeito… até que as rachaduras vieram à tona.
O que parecia exemplo da “família brasileira” tornou-se cenário de dor e desajuste. De repente, problemas guardados por anos foram expostos, inclusive questões que deveriam ser tratadas com cuidado, especialmente quando há filhos envolvidos.
Na ânsia de romper, muitos casais esquecem que não são apenas dois na história. Existem os filhos — aqueles que, mesmo pequenos, sentem profundamente a mudança. Um lar antes cheio de amor, carinho e risadas dá lugar a um silêncio confuso. E essa confusão se reflete no comportamento das crianças, que, sem entender o motivo da separação, agem para chamar atenção, como se tentassem costurar novamente o que se quebrou.
Quando um pai está no Norte e a mãe no Sul, a distância não se mede apenas em quilômetros, mas em afetos, rotinas e presença. A infância, que deveria ser tempo de segurança e vínculo, passa a ser marcada por ausências e adaptações dolorosas.
Famílias não são perfeitas. Relações exigem paciência, diálogo e, acima de tudo, responsabilidade com aqueles que dependem de nós. Separar-se, quando inevitável, não precisa significar romper laços afetivos com os filhos.
A verdadeira maturidade está em proteger a essência daquilo que um dia uniu o casal: o amor, que agora deve ser canalizado para criar filhos emocionalmente saudáveis.
Afinal, pétalas podem cair… mas, com cuidado e respeito, o jardim pode florescer novamente.
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(Agosto, 10 de 2025) ✍️
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