segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Coluna Social Educativa; Metodologia Aplicada na Alfabetização

✍️Coluna Social Educativa: Metodologia Aplicada na Alfabetização

Resumo

Esta  coluna  analisa as metodologias aplicadas na alfabetização, com base em referenciais teóricos contemporâneos e nas orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Destaca-se a importância de práticas pedagógicas ativas, mediadas pelo professor e centradas no estudante, como meio de garantir o pleno desenvolvimento da leitura e da escrita.

Palavras-chave: Alfabetização; Metodologia; BNCC; Ensino Fundamental; Práticas pedagógicas.


Introdução

A alfabetização constitui um marco essencial da educação básica, representando não apenas o domínio da leitura e da escrita, mas também a inserção do sujeito em práticas sociais de linguagem. A metodologia aplicada nesse processo assume papel central na promoção de aprendizagens significativas. No Brasil, esse debate ganhou força a partir de autores como Magda Soares (2017), Paulo Freire (1989) e José Moran (2018), que, em diferentes perspectivas, apontam a alfabetização como prática social, cultural e pedagógica que exige engajamento ativo do estudante.


Desenvolvimento

O papel das metodologias na alfabetização

A alfabetização deve superar práticas mecanicistas, em que a criança é apenas receptora de conteúdos. Soares (2017) defende que alfabetizar e letrar são processos indissociáveis, sendo necessário ensinar o código escrito ao mesmo tempo em que se insere o estudante em práticas sociais de leitura e escrita.

Freire (1989) complementa essa visão ao afirmar que a alfabetização precisa ser dialógica, problematizadora e conectada com a realidade dos sujeitos. Essa perspectiva aproxima-se das metodologias ativas defendidas por Moran (2018), para quem “é impossível alfabetizar sem aprendizagem ativa”, pois o estudante aprende de forma mais consistente quando participa, experimenta e atribui significado ao que aprende.

Alfabetização e BNCC

A BNCC (BRASIL, 2017) estabelece como meta que os alunos estejam alfabetizados preferencialmente até o 2º ano do Ensino Fundamental. Para tanto, destaca a necessidade de práticas pedagógicas que integrem leitura, escrita e oralidade de forma contextualizada. Esse documento reforça o papel do professor como mediador e a urgência de estratégias diferenciadas para atender às especificidades de cada estudante.

Metodologias aplicadas na prática

No contexto escolar, diferentes metodologias têm sido utilizadas:

1. Método fônico ampliado – prioriza a consciência fonológica, favorecendo a decodificação e a fluência na leitura.


2. Construtivismo – considera as hipóteses de escrita do estudante, valorizando o erro como parte do processo de aprendizagem.


3. Metodologias ativas – projetos, resolução de problemas, leitura compartilhada e jogos pedagógicos que estimulam participação e autonomia.


4. Modelo híbrido – combina práticas presenciais e digitais, explorando aplicativos, plataformas interativas e ambientes virtuais de leitura.



A adoção de uma metodologia única não atende à complexidade do processo. O professor precisa integrar práticas, ajustando-se ao ritmo, às necessidades e ao contexto sociocultural da turma.

Avaliação contínua

Outro ponto relevante é a avaliação. Para Moran (2018), a avaliação deve ser processual e formativa, permitindo que o professor acompanhe o desenvolvimento do estudante em diferentes etapas. Assim, registros, sondagens de escrita e observações sistemáticas tornam-se ferramentas indispensáveis para diagnosticar avanços e intervir de modo eficaz.


Conclusão

A metodologia aplicada na alfabetização não pode limitar-se a técnicas isoladas ou à simples transmissão de conteúdos. É fundamental compreender a alfabetização como prática social, cultural e cognitiva, na qual o professor atua como mediador e o estudante como sujeito ativo do processo. Integrar métodos tradicionais, construtivistas e inovadores, aliados às orientações da BNCC, constitui um caminho para garantir o desenvolvimento pleno da leitura e da escrita. Em suma, alfabetizar é formar leitores e escritores críticos, capazes de interpretar e transformar a realidade por meio da linguagem.


Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23. ed. São Paulo: Cortez, 1989.

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. São Paulo: Papirus, 2018.

SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. 14. ed. São Paulo: Contexto, 2017.


© ⚖️ Ednalva Brito de Melo – 29 de setembro de 2025

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