quinta-feira, 11 de setembro de 2025

O Autismo em Foco: Reflexões e Direitos na prática

💫 O AUTISMO EM FOCO: REFLEXÕES E DIREITOS NA PRÁTICA

 Por Ednalva Melo 🌻

Este texto analisa a realidade das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a partir do documentário Um Mundo Especial, do programa Conexão Repórter (11 de março de 2019), e incorpora reflexões atualizadas sobre os benefícios previdenciários e assistenciais oferecidos pelo INSS às famílias, especialmente às mães cuidadoras. Aponta-se a urgência de transformar o arcabouço legal em ações concretas, assegurando inclusão, apoio social e efetivação dos direitos estabelecidos.

💫 Palavras-chave: Autismo. Educação inclusiva. Direitos. INSS. Mães cuidadoras. 

A Realidade Retratada

O documentário exibido em 2019 mostrou a rotina de dois irmãos autistas e suas famílias. Entre conquistas — como fala, socialização e pequenas autonomias — surgiram também grandes obstáculos: a falta de atendimento multiprofissional no SUS, barreiras educacionais e preconceito social.

Essa realidade evidencia a distância entre a lei e a prática cotidiana. Embora haja garantias jurídicas, muitas famílias ainda enfrentam dificuldades para fazer valer seus direitos.


Direitos Legais Garantidos

As principais legislações protetivas são:

Constituição Federal de 1988

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — Lei nº 8.069/1990

Lei Berenice Piana — Lei nº 12.764/2012

Lei Brasileira de Inclusão — Lei nº 13.146/2015


Essas normas asseguram educação inclusiva, acesso à saúde, prioridade no atendimento e apoio social. No entanto, o documentário revelou que tais direitos, muitas vezes, não chegam ao cotidiano das famílias.


Benefícios do INSS para Mães Cuidadoras

No campo previdenciário e assistencial, destacam-se:

BPC-LOAS – um salário mínimo mensal (R$ 1.518,00 em 2025) para pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

Contribuição facultativa de baixa renda – mães cuidadoras podem contribuir ao INSS com 5% do salário mínimo (cerca de R$ 75,90 em 2025), garantindo aposentadoria, pensão e outros benefícios.

Projetos em tramitação – como o PL 1.225/2024, que amplia a proteção previdenciária a cuidadores de pessoas com deficiência severa.


Esses mecanismos representam avanços, mas ainda não são suficientes para amparar todas as necessidades.


Avanços e Desafios (2019–2025)

Nos últimos anos, houve:

Ampliação do reconhecimento legal do autismo como deficiência.

Maior visibilidade na mídia e campanhas de conscientização.

Ajustes previdenciários, como a contribuição facultativa reduzida.


Porém, persistem desafios graves: demora no diagnóstico, burocracia para acessar benefícios, escassez de profissionais no SUS e resistência de algumas escolas em praticar a inclusão.

Conclusão

O futuro das crianças e adolescentes com autismo depende de ações práticas. A legislação é robusta, mas precisa sair do papel e se tornar realidade no cotidiano das famílias. O documentário Um Mundo Especial segue como alerta: a inclusão não deve se limitar a promessas, mas se materializar em políticas públicas eficazes.

O direito à educação inclusiva, ao atendimento integral em saúde e ao suporte social é inegociável. A transformação da lei em vida concreta é o grande desafio de 2025.


Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Brasília, DF: Presidência da República, 1990.
BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Brasília, DF: Presidência da República, 2012.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Brasília, DF: Presidência da República, 2015.
SBT. Conexão Repórter apresenta “Um Mundo Especial”. São Paulo: SBT, 11 mar. 2019. Disponível em: https://tv.sbt.com.br/programas/jornalismo/conexao-reporter/noticia/122358-em-nova-temporada-conexao-reporter-registra-a-realidade-de-pessoas-com-autismo. Acesso em: 3 set. 2025.
BRASIL. Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Benefícios assistenciais para pessoas com autismo. Brasília, DF, 2024.

🌻 Setembro, 11 de 2025 

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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

O Silêncio das Dificuldades: O que as Escolas não estão contando

✍️ O Silêncio das Dificuldades: O que as Escolas Não Estão Contando

Por Ednalva Melo 🌻


Resumo

Este artigo discute a invisibilidade das dificuldades de aprendizagem no contexto escolar brasileiro, destacando a ausência de diagnóstico precoce, a falta de formação adequada dos professores e os impactos sociais e emocionais para os estudantes. Aponta a necessidade de políticas efetivas, formação continuada e práticas pedagógicas inclusivas como caminhos para romper o ciclo de exclusão.

Palavras-chave: dificuldades de aprendizagem; inclusão escolar; formação docente; BNCC; abandono escolar.

Introdução

Em pleno 2025, o sistema educacional brasileiro ainda enfrenta um dilema silencioso: as dificuldades de aprendizagem. Esse tema, muitas vezes negligenciado, não se limita a números em relatórios ou estatísticas; representa histórias reais de crianças que, diariamente, enfrentam barreiras invisíveis e acabam marginalizadas no ambiente escolar.

Apesar dos avanços em políticas públicas de inclusão, ainda há um grande descompasso entre o que está previsto em documentos oficiais e a realidade vivida nas salas de aula. O que chama atenção é a dificuldade que muitos professores encontram em identificar e intervir adequadamente diante desses desafios.


A Invisibilidade das Dificuldades

Um estudo publicado na Revista Educação, Pesquisa e Inovação (ASS JUNIOR, 2023) evidencia que as causas das dificuldades de aprendizagem são multifatoriais, englobando aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Entretanto, o que mais preocupa é a carência de formação específica dos educadores para lidar com tais situações.

Grande parte dos profissionais não recebeu, durante a graduação, preparo adequado para reconhecer sinais de transtornos como dislexia, discalculia ou TDAH. Essa lacuna formativa resulta na invisibilidade de muitos estudantes, que passam anos sem apoio pedagógico apropriado.


O Preço do Desconhecimento

A ausência de diagnóstico e intervenção precoces pode trazer consequências devastadoras. Alunos que não recebem o suporte necessário acabam enfrentando repetência, desmotivação e, em casos extremos, abandono escolar.

Com frequência, esses estudantes são rotulados como “preguiçosos” ou “desinteressados”, quando, na realidade, estão lutando contra barreiras cognitivas e emocionais invisíveis. Esse estigma reforça o ciclo de exclusão, comprometendo não apenas o rendimento escolar, mas também a autoestima e a perspectiva de futuro.


A Falta de Ação

Apesar de existirem políticas que incentivam a inclusão, a prática nas escolas ainda é limitada. Educadores relatam que, mesmo quando percebem as dificuldades dos alunos, não sabem como agir.

A falta de recursos pedagógicos, de apoio multiprofissional e de formação continuada contribui para esse cenário. Além disso, a sobrecarga de trabalho e a resistência institucional a mudanças dificultam a implementação de práticas pedagógicas mais eficazes e inclusivas.

O Que Está em Jogo

Ignorar as dificuldades de aprendizagem significa negar a milhares de crianças e adolescentes o direito à educação de qualidade, previsto na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Garantir o pleno desenvolvimento dos estudantes exige investimento em formação continuada de professores, ampliação da rede de apoio especializado e conscientização sobre os transtornos de aprendizagem. Apenas por meio de práticas pedagógicas diferenciadas será possível assegurar que todos tenham condições de alcançar seu potencial máximo.


Conclusão

As dificuldades de aprendizagem não podem permanecer como um tabu nas escolas brasileiras. É hora de romper o silêncio, reconhecer os desafios e agir com firmeza. A educação inclusiva vai além de diretrizes legais: trata-se de uma questão de justiça social e respeito aos direitos humanos.

Não podemos permitir que mais uma geração seja deixada para trás por falta de preparo, recursos ou vontade política. Investir na identificação precoce e em práticas pedagógicas inclusivas é investir no futuro do país.


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Referências

ASS JUNIOR, A. S. Dificuldades de Aprendizagem: possíveis causas e implicações. Revista Educação, Pesquisa e Inovação, v. 4, n. 1, 2023. Disponível em: https://revista.ufrr.br/repi/article/view/7910. Acesso em: 3 set. 2025.


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✍️ Setembro, 10 de 2025

Destaques da Revista Positivo sobre a BNCC e o papel da Escola

✍️Título: Destaques da Revista Positivo sobre a BNCC e o Papel da Escola

Resumo: Esta coluna explora as iniciativas da Revista Positivo que abordam a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o papel da escola na formação integral dos estudantes. Destacam-se soluções educacionais que promovem o desenvolvimento socioemocional, a educação financeira e a colaboração entre escola e família.

Palavras-chave: BNCC, papel da escola, desenvolvimento socioemocional, educação financeira, parceria escola-família


Introdução

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) representa um marco na educação brasileira, estabelecendo diretrizes para uma formação integral dos estudantes. Nesse contexto, a Revista Positivo tem se destacado ao apresentar soluções educacionais que alinham-se aos princípios da BNCC, enfatizando o papel da escola na promoção do desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos.


Desenvolvimento

1. Desenvolvimento Socioemocional


A BNCC enfatiza a importância das competências socioemocionais no processo educativo. A Revista Positivo, por meio da coleção "Laços", desenvolvida pela Aprende Brasil Educação, propõe atividades que fortalecem a relação entre família e escola, promovendo a construção de competências essenciais para o bem-estar dos estudantes. A coleção inclui livros para alunos, professores e famílias, além de dinâmicas gamificadas que favorecem a construção de ambientes mais saudáveis e propícios ao aprendizado. 

2. Educação Financeira


Outro destaque é a abordagem da educação financeira nas escolas. A solução educacional "Educação Financeira: Cidadania e Sustentabilidade" busca desenvolver hábitos financeiros saudáveis nos estudantes do Ensino Fundamental. A proposta é interdisciplinar, envolvendo diversas áreas do conhecimento e promovendo a parceria entre escola e família. Os materiais são baseados em projetos que facilitam a adaptação das escolas às suas rotinas e realidades, alinhando-se às competências da BNCC. 

3. Parceria Escola-Família


A colaboração entre escola e família é fundamental para o sucesso educacional. A Revista Positivo destaca iniciativas que fortalecem essa parceria, como a formação de professores para lidar com questões emocionais dos estudantes e a promoção de ações que envolvem as famílias no processo educativo. Essas ações contribuem para a criação de uma cultura de paz e respeito, conforme preconizado pela BNCC. 


Conclusão

As iniciativas apresentadas pela Revista Positivo evidenciam o compromisso com a implementação da BNCC e o fortalecimento do papel da escola na formação integral dos estudantes. Ao integrar aspectos socioemocionais, educação financeira e colaboração com as famílias, essas soluções educacionais contribuem para a construção de ambientes escolares mais inclusivos e preparados para os desafios contemporâneos.


Rodapé

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Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 8 set. 2025.

REVISTA POSITIVO. Soluções educacionais adequadas às aptidões socioemocionais. 9 jun. 2024. Disponível em: https://www.revistapositivo.com.br/2024/06/09/solucoes-educacionais-adequadas-as-aptidoes-socioemocionais/. Acesso em: 8 set. 2025.

REVISTA POSITIVO. Educação financeira em família e na sala de aula. 5 set. 2024. Disponível em: https://www.revistapositivo.com.br/2024/09/05/educacao-financeira-em-familia-e-na-sala-de-aula/. Acesso em: 8 set.

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✍️Setembro,10 de 2025.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Meu Nome é Rádio: Olhar atento para jovens com dificuldades de atenção e interação

✍️ Meu nome é Rádio: Olhar atento para jovens com dificuldades de atenção e interação

🌻Por Ednalva Melo


Resumo

O filme Meu Nome é Rádio (2003) retrata a trajetória de James Robert Kennedy, jovem com dificuldades de atenção e interação social, destacando a relevância da inclusão, empatia e acolhimento no ambiente escolar e social. Este estudo analisa como a compreensão das necessidades individuais e o suporte adequado podem transformar a vida de jovens com transtornos de desenvolvimento, reforçando que a inclusão vai além do espaço físico e das normas escolares.

Palavras-chave: inclusão escolar; TDAH; atenção; interação social; empatia; acolhimento.

1. Introdução

A inclusão escolar e social ainda é, muitas vezes, compreendida de maneira superficial, limitada à adequação física ou ao cumprimento de normas. A verdadeira inclusão exige atenção às necessidades de cada indivíduo, acolhimento e empatia (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).

O filme Meu Nome é Rádio (WEBER, 2003) exemplifica essa realidade de forma acessível e emocionante, evidenciando como o apoio adequado pode transformar a vida de jovens com dificuldades de atenção e interação social.

Como afirmava Nelson Mandela: "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."

2. Desenvolvimento

O personagem central, James Robert Kennedy, apelidado de Rádio, apresenta desafios neurológicos e comportamentais que dificultam sua adaptação ao ambiente escolar tradicional. Ele enfrenta preconceito e exclusão, mas encontra no treinador Harold Jones um exemplo de empatia, atenção e afeto, que contribui significativamente para seu aprendizado e inclusão (WEBER, 2003).

A narrativa evidencia que cada indivíduo possui uma forma singular de aprender. Jovens com TDAH ou dificuldades de interação social não devem ser tratados como incapazes; necessitam de suporte, compreensão de suas necessidades e espaço para expressão pessoal. A participação de Rádio no time de futebol demonstra que inclusão não se resume à presença física, mas à sensação de pertencimento, reconhecimento e valorização (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).

A história reforça que a inclusão é responsabilidade de todos: professores, colegas, familiares e comunidade. Gestos simples, como ouvir, apoiar e valorizar conquistas, podem transformar significativamente a trajetória de um jovem, proporcionando oportunidades que, de outra forma, seriam negadas (WEBER, 2003).


3. Conclusão

Meu Nome é Rádio ensina que a inclusão é um direito, e não um privilégio. Jovens com dificuldades de atenção e interação social merecem ser vistos, ouvidos e valorizados. Mais do que leis e políticas públicas, o que faz diferença é o acolhimento humano, baseado em paciência, empatia e respeito.

O filme nos convida a refletir sobre nossas próprias atitudes e sobre a prática diária de atenção e apoio, garantindo oportunidades de aprendizado e desenvolvimento integral a todos os jovens (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).

Rodapé e Direitos Autorais

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Referências (NBR 6023:2018)

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e documentação — Referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

WEBER, R. Meu Nome é Rádio. Estados Unidos: Touchstone Pictures, 2003. Filme.

✍️Setembro,09 de 2025

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

A aprendizagem em tempos modernos:Novos caminhos para o saber

✍️ A aprendizagem em tempos modernos: Novos caminhos para o saber

🌻Por Ednalva Melo


Resumo

A contemporaneidade apresenta desafios singulares à educação e aos processos de aprendizagem, motivados por transformações tecnológicas, sociais e culturais. Este artigo explora novas perspectivas do aprendizado, destacando metodologias inovadoras, ferramentas digitais e abordagens interdisciplinares que potencializam a aquisição do conhecimento. Analisa-se, ainda, a importância do desenvolvimento cognitivo e socioemocional no contexto escolar e profissional, oferecendo reflexões sobre como educadores e aprendizes podem se adaptar às exigências do século XXI.

Palavras-chave: Aprendizagem moderna; Tecnologias educacionais; Neuropsicopedagogia; Educação contemporânea; Desenvolvimento cognitivo.

> “Educação não é a aprendizagem de fatos, mas o treinamento da mente para pensar.”
– Albert Einstein


Desenvolvimento

O processo de aprendizagem, historicamente, esteve vinculado a métodos tradicionais, muitas vezes centrados na memorização e na repetição mecânica de conteúdos. Contudo, o século XXI exige a reinvenção desses paradigmas. A digitalização da sociedade, a ubiquidade da informação e a diversidade cultural nas salas de aula demandam abordagens pedagógicas inovadoras e adaptativas.

A utilização de ferramentas digitais — como plataformas de ensino a distância, aplicativos educacionais e ambientes virtuais de aprendizagem — tem se mostrado eficaz para estimular a autonomia do estudante, favorecer a personalização do aprendizado e ampliar o acesso ao conhecimento. Pesquisas em neuropsicopedagogia demonstram que a integração de tecnologias interativas ao processo educacional contribui para a melhora da atenção, memória e resolução de problemas complexos.

Além disso, o desenvolvimento socioemocional emerge como eixo estratégico no processo educativo moderno. A aprendizagem não se limita apenas à aquisição de conteúdos acadêmicos; envolve também competências emocionais e sociais, como empatia, resiliência e pensamento crítico. Educadores contemporâneos são desafiados a conciliar a transmissão do saber com práticas que promovam a autorregulação emocional e o engajamento ativo dos estudantes, criando experiências educativas significativas.

Outro ponto relevante é a adoção de metodologias interdisciplinares, que articulam diferentes áreas do conhecimento e permitem que o aprendiz compreenda fenômenos complexos em sua totalidade. Projetos colaborativos, estudos de caso e aprendizagem baseada em problemas são exemplos de estratégias que favorecem a integração entre teoria e prática, estimulando a capacidade crítica e criativa dos alunos.

Nesse cenário, é imprescindível que instituições educacionais e profissionais da educação se mantenham atualizados em relação às tendências pedagógicas, promovendo formação continuada e o uso consciente das tecnologias. A educação moderna exige não apenas professores preparados, mas também aprendizes ativos, capazes de refletir, questionar e construir seu próprio conhecimento.

Conclusão

A aprendizagem em tempos modernos requer uma abordagem holística e inovadora, que integre tecnologias, desenvolvimento socioemocional e metodologias interdisciplinares. O futuro da educação depende da capacidade de educadores e estudantes em se adaptar a um contexto de rápidas transformações, onde o conhecimento se torna cada vez mais dinâmico e colaborativo.

Ao reconhecer os novos caminhos para o saber, a sociedade fortalece não apenas a formação acadêmica, mas também a construção de cidadãos críticos, autônomos e conscientes de seu papel no mundo contemporâneo.

Referências

1. Moran, J. (2020). Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus.


2. Zabalza, M. A. (2018). Metodologias ativas para a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.


3. Silva, R. R. (2019). Neuropsicopedagogia: Teoria e prática. Rio de Janeiro: Vozes.

Rodapé

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✍️ Setembro,08 de  2025

Biografia da Autora Ednalva Brito de Melo

domingo, 7 de setembro de 2025

Resgatando o Civismo:Desfiles, Aprendizagem e identidade Nacional

✍️ Resgatando o Civismo: Desfiles, Aprendizagem e Identidade Nacional 🇧🇷

🌻 Por Ednalva Melo

Durante décadas, o civismo esteve presente nas escolas brasileiras como um elo de união entre educação e sociedade. Quem não se lembra dos tradicionais desfiles de Sete de Setembro, onde alunos marchavam em fila, vestidos com fardas cuidadosamente lavadas e engomadas, em respeito à Pátria? Era um momento de expectativa e pertencimento.

As famílias se mobilizavam para que tudo saísse perfeito e, após a solenidade cívica, vinham os jogos, campeonatos e atividades culturais. Era um ciclo que integrava disciplina, valores e orgulho nacional.

Mudanças ao longo dos anos

Hoje, quando olhamos para trás, percebemos que algo mudou. O sentimento coletivo de “ser brasileiro” perdeu espaço para novas demandas, novas formas de interação e, sobretudo, para a fragmentação de valores.

Não se trata de nostalgia, mas de análise crítica: o civismo que moldava gerações foi, aos poucos, substituído por um modelo educacional que, muitas vezes, esquece a importância da coletividade.

Civismo e inclusão escolar

No contexto atual, a discussão é ainda mais relevante quando pensamos nos transtornos de aprendizagem. Antigamente, pouco ou quase nada se falava sobre TDAH, dislexia ou discalculia.

Alunos com dificuldades de atenção ou rendimento eram rotulados de “preguiçosos” ou “desinteressados”. Em meio a desfiles e hinos, não havia espaço para compreender que cada criança aprende de forma diferente.

Hoje sabemos que a inclusão precisa caminhar junto ao civismo. Formar cidadãos é mais do que repetir frases de efeito: é garantir espaço de participação para todos.

Valores que permanecem

Marchar em um desfile não significa apenas dar passos sincronizados. Representa aprender sobre respeito às regras, disciplina e coletividade. São lições que extrapolam a sala de aula e ajudam a formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.

A escola, quando valoriza essas práticas, amplia o olhar do estudante para além do conteúdo curricular.

Família, escola e comunidade

Outro ponto que mudou ao longo dos anos foi a relação entre família, escola e comunidade.

Antes, a preparação para o desfile envolvia todos: mães cuidavam das fardas, pais se engajavam nas organizações, vizinhos compareciam às ruas para aplaudir. Era uma rede de apoio que fortalecia vínculos sociais.

Hoje, em muitos lugares, a participação da família nas atividades escolares se tornou escassa. O individualismo ganhou espaço e a pressa cotidiana afastou os pais da vida escolar dos filhos.

Resgatando o equilíbrio

É nesse cenário que surge a reflexão: será que não perdemos algo essencial ao abrir mão de práticas cívicas coletivas?

Não se trata de romantizar o passado, mas de compreender que valores como respeito, união e identidade nacional precisam ser resgatados, especialmente diante dos desafios educacionais contemporâneos.

No campo dos transtornos de aprendizagem, os desfiles e eventos coletivos podem se tornar espaços de inclusão. Ao invés de excluir a criança que não consegue acompanhar o ritmo, a escola pode buscar adaptações, garantindo a participação de todos.

Assim, o civismo deixa de ser padronização rígida e se torna integração de diferenças em prol de um objetivo comum.

Tradição e inovação caminhando juntas

A harmonia social nasce do equilíbrio entre tradição e inovação. Não podemos abrir mão dos avanços pedagógicos e das políticas inclusivas conquistadas nas últimas décadas.

Mas também não devemos apagar as memórias de uma época em que o civismo promovia senso de comunidade. O desafio é encontrar o ponto de encontro: resgatar práticas coletivas que reforcem a identidade nacional e, ao mesmo tempo, adaptá-las ao contexto atual.

Reflexão final

A pergunta que fica é simples: queremos formar apenas indivíduos que saibam conteúdos ou cidadãos conscientes da importância do coletivo?

O civismo, quando associado à inclusão, pode ser uma poderosa ferramenta de reconstrução de valores e fortalecimento de laços sociais.

No passado, tínhamos orgulho de dizer: “Éramos mais brasileiros.” Talvez essa frase não represente apenas saudade, mas um chamado para repensar o que significa ser brasileiro hoje.

Mais do que desfilar em fardas engomadas, é preciso marchar juntos rumo a uma sociedade mais justa, inclusiva e consciente de sua própria identidade.


🇧🇷 Setembro, 07 de 2025

⚖️ Direitos autorais

Todos os direitos reservados © 2025 – Coluna de autoria de Ednalva Melo. Proibida a reprodução total ou parcial sem a devida autorização.

Palavra-chave: civismo, educação, aprendizagem, inclusão aparecem naturalmente.

Por Ednalva Melo🌻

O Autismo em Foco: Reflexões e Direitos na prática

💫 O AUTISMO EM FOCO: REFLEXÕES E DIREITOS NA PRÁTICA  Por Ednalva Melo 🌻 Este texto analisa a realidade das crianças com Trans...